1 Pedro 3:21 “a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo;”.
A Bíblia fala de vários tipos de consciência: boa, pura, má, fraca, alheia, cauterizada e corrompida. É preciso, diante da expressão consciência, que a Igreja de Jesus aprenda a desenvolver uma boa consciência. Diz em 1 Timóteo 1:5 “Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” O coração só é puro, quando a consciência é boa e vice-versa.
Quando a consciência é pura? Quando a fé é sem hipocrisia? Quando o homem e a mulher de Deus aprendem a desenvolver uma boa consciência.
Dizem os meus colegas psicanalistas que é até os seis anos de idade que se forma a personalidade, a consciência de uma pessoa.
O que é a consciência de uma pessoa? É o processo de pensamento que faz a pessoa distinguir, moralmente, o que é bom do que é ruim, que a faz recomendar o que é útil e reprovar o que não é bom, o que é ruim. Esse processo de pensamento é que nos faz agir de um certo modo.
Todos já ouvimos a expressão: vou proceder deste modo porque a minha consciência assim exige. Ou seja, a nossa forma de pensar exige que ajamos dentro de um determinado caminho, que tomemos certa atitude, etc. Portanto, se a consciência exige, precisamos lembrar as palavras de Pedro em 1 Pedro 2:19 “porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.”
Todos nós, que somos evangélicos, temos uma consciência para com Deus, ou seja, temos uma apreensão. Temos um tipo de sentimento que nos faz crer na presença de Deus. E por causa da presença de Deus, devemos ter uma consciência boa.
Há consciências cheias de culpa, de acusação, com desejos extremamente negativos, desenvolvidas dentro de lares legalistas.
Vejamos o que diz Hebreus 9:9 “É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto,”.
Qualquer tipo de sacrifício que façamos, para nossa consciência cristã, é ineficaz.
Quantas vezes, um pai evangélico, dito evangélico, que não tem a revelação da Graça de Deus e que segue o ensinamento legalista começa a desenvolver uma consciência do diabo no seu filho, dizendo: “Come, senão o diabo vai te pegar. Cuidado que o diabo vai ali. Tá naquela esquina lá. Se não obedeceres, Deus tira o teu nome do livro da vida.” Essa consciência se torna cheia de culpa.
As pessoas não se sentem aceitas por Deus, por causa da má consciência desenvolvida, às vezes, dentro de uma Igreja, dentro de um lar.
As pessoas não conseguem ter uma boa auto-estima por causa da consciência, do pensamento que ela tem de si mesma, que é zero, é pó, é gafanhoto, é terra, não vale nada, porque lhe foi desenvolvida uma consciência contrária aos preceitos da Bíblia. Essa é uma consciência terrível! A pessoa fica engessada, não consegue entender que o que está na Bíblia é para ela, é seu direito, porque a consciência, a sua forma de pensar, foi criada debaixo de acusação, de culpa, de dedo em riste, de que o demônio, de que o diabo, de que o fim do mundo… Isso é muito mau para a vida.
Conforme diz no texto bíblico do início deste Recado, acreditamos que somos salvos, mas a nossa carne, o nosso corpo, ainda tem a lei do pecado. Na realidade, temos um corpo com insuficiências. Por mais que tentemos melhorar na carne, ela é insuficiente para quem presta culto. Agora, apesar disso, Pedro diz que precisamos desejar a boa consciência, que é uma aspiração que indica, na realidade, uma pureza interna na vida do salvo.
Porque fomos transformados pelo Espírito Santo, segundo a imagem de Cristo, não por cerimônias, não por batismos, porque nenhuma cerimônia, por mais dramática que seja, afeta a consciência, aspiramos por uma consciência boa para com Deus. A boa consciência deve ser desejada, porque a consciência, na realidade, são as exigências morais do cristianismo.
Quando temos uma boa consciência para com Deus, a nossa consciência se torna aguda pela manifestação do Espírito Santo. Agora, quando a consciência está amortecida, quando ela está contaminada pela lei, pelo legalismo, pelo pecado, ela se torna uma consciência negligente, abusada. Conforme vamos sendo transformados em Cristo, conforme vamos assumindo a nossa natureza santa, o Espírito Santo de Deus infunde em nós uma natureza moral que se chama natureza de Cristo, que gera em nós uma boa consciência, o que nos faz fugir do erro, dos vícios e do pecado. O marido que tem boa consciência para com Deus trata a esposa como uma rainha. A esposa que tem uma boa consciência para com Deus trata o seu marido como o seu príncipe, o rei da casa.
Paulo diz em Colossenses 3:1-2 “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;”.
Ele disse busca, pensa. O que Paulo está dizendo? Que devemos alimentar a nossa consciência do novo homem criado segundo Deus.
Paulo disse aos Colossenses 1:27 “aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;”.
Se acreditamos que Cristo está na nossa vida, temos uma boa consciência para com Deus.
Nossa forma de pensar deve ser igual a de Cristo. Assim, perdoamos, relevamos, somos elásticos, pacientes, andamos a segunda milha, porque Cristo está em nós. Lê 2 Coríntios 13:5.
A primeira atitude para alimentar a consciência do novo homem é dizer: “Cristo está em mim.” Repito, se Cristo está em nós, temos uma boa consciência, limpa, pura.
Quando chegamos à Igreja, trouxemos a consciência cheia de problemas, de culpas, de amarras. Alguns vieram com ódios, passaram para trás, traíram, mataram, estupraram, fizeram mal e chegaram à Igreja, receberam Jesus como Senhor e começaram a dizer: “eu quero ser cristão”.
A segunda atitude é crer no que está na Bíblia.
Então, quando começamos a dizer essas coisas para a consciência, a consciência que foi má, que foi corrompida ou quebrada, começa a se tornar na consciência divina, sagrada. Depois que a consciência é transformada, ela começa a nos dizer que somos perfeitos. Quem tem má consciência, diz: “Tem que jejuar, que subir no monte, que pagar o preço”, porque a sua consciência é má. Ele não acredita que Jesus derramou o Seu Sangue na cruz, que fez uma obra no ser holístico, no ser total, que tirou o coração de pedra e botou o coração sensível e que mudou a mente, botando a Sua em nós. As pessoas não acreditam nisso. Elas acreditam na sua justiça própria.
O que mais diz a boa consciência? Colossenses 2:10 “Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade.”
Quando dizemos que estamos completos, é porque nada nos falta, que somos prósperos e saudáveis. Mesmo que a nossa carne ainda esteja doente ou ainda não haja prosperidade, a educação da nossa consciência diz para ficarmos com a Bíblia
O que mais? 1 João 4:4 “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”
Se estamos diante de uma situação difícil, diante de um ataque, diante de uma adversidade, a boa consciência nos diz que quem está em nós é maior, é soberano. Quando isso acontece, demonstramos que a nossa mente está educada, que a consciência está educada para olhar para o que a Bíblia diz e desprezar o que não está.
Isso é importante porque, para quem veio da igreja romana ou de uma igreja legalista, teve muitos atritos com a consciência. Um dia nos sentíamos no céu, noutro dia no inferno. Um dia salvo, um dia perdia a salvação. Tudo por falta de uma boa consciência.
Só tem boa consciência para com Deus quem é instruído e ensinado na Graça de Deus. Caso contrário, é consciência de acusação. É preciso ter boa consciência para com Deus. E quando a pessoa tem boa consciência para com Deus, sua confissão é outra: a Bíblia é a verdade. Dizemos o que Deus diz. Deus diz e repetimos.
Agora, a má consciência não admite que isso tudo possa ser verdade na vida de alguém. Não admite que nós creiamos que Deus, em amor, nos predestinou, que somos a imagem do Senhor, que somos por cabeça. Não admitem, porque a sua consciência está carregada de mal. Não aceitam ser chamados de abençoados. Preferem ser gafanhotos, pó da terra. Só que quem acredita nisso está profanando o Sangue da Aliança, está dizendo que Cristo é mentiroso, que Ele não fez nada na cruz, que não derrotou o diabo, que não acabou com as obras do diabo, que precisamos fazer jejum e vigílias. Chamam a nós, que cremos na Bíblia, que temos boa consciência, de orgulhosos, soberbos, vaidosos, pedantes.
Uma pessoa que tem boa consciência não diz que, porque passou por uma adversidade no casamento, não voltará a se casar. Quem diz isso é porque a consciência está gerando culpa e peso.
A consciência má faz a pessoa acreditar no demônio. Quem tem má consciência, acredita. Por isso que em 1 Timóteo 1:5 diz: “Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” Amado, só sabe amar quem tem boa consciência.
Dizem os versículos 6-7 “Desviando-se algumas pessoas destas coisas, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações.”
Quem se desvia de uma boa consciência perde-se em loquacidade, em coisas loucas. Milhões de crentes estão desviados por causa da má consciência dos pregadores da lei que acusaram, que apontaram o dedo, que ameaçaram, que gritaram.
Há pessoas que se perdem, que se desviam. Não sabem o perigo de entregar a alma a uma pessoa de má consciência para pastoreá-las. Quando a pessoa não tem boa consciência, é da lei, é acusatório, é condenatório, quer passar isso para a vida de todo mundo. Muitos maltratam aqueles que foram comprados pelo Sangue de Jesus. Só falam de diabo e de demônios para amedrontá-los.
Diz em Efésios 5:27 “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”
Uma Igreja gloriosa somos nós. Sem mácula, sem pecado, sem ruga.
Adquirimos uma boa consciência pela revelação da Graça de Deus. De outra forma, se a pessoa se vê conforme a consciência do seu passado, ela viverá sempre em pecado, pesando que não é merecedora e que Jesus castiga. As coisas velhas já passaram. Tudo se fez novo. Somos preciosos aos olhos de Deus. Somos merecedores do melhor. Podemos tudo naquele que nos fortalece. Ninguém pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Das mãos de Jesus ninguém pode nos arrebatar. Ninguém! Portanto, vamos educar a nossa consciência. Se Deus diz que somos santos, recebemos.
Quando educamos a nossa consciência, a velha consciência, às vezes, grita. Amado, a consciência velha pode nos chamar de hipócritas, mas a Bíblia diz que somos novos.
O que fazer quando a velha consciência tentar atacar? A Bíblia responde em 2 Coríntios 5:16 “Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo.”
Então, é pela consciência má que o diabo opera na vida de muita gente. Há crentes que chegam a negar a Palavra porque a sua consciência os condena.
Durante anos eu tentei treinar a minha consciência fazendo jejuns, vigílias, sacrifícios, dedicação excessiva. Chegava à Igreja às 7 da manhã e saia às 11 da noite, porque a minha consciência, que não era muito boa, dizia: “paga o preço, Miguel”. Na minha consciência, sempre me achava carnal e pecador. Não podemos nos olhar assim. Paulo disse: “a ninguém conhecemos segundo a carne”. Por quê? Porque a nossa carne julga, acusa, peca, não sabe amar, é de morte, é segundo Adão. Agora, quando vamos à Igreja, tomamos o cuidado de não faltar aos cultos, somos alimentados, educados pela revelação da Graça de Deus, então, a má consciência, a fraca consciência, a consciência impura, dá lugar, por uma aspiração, por uma indagação, por um desejo, a uma consciência boa para com Deus.
Talvez a coisa que Deus mais ame é quando um crente tem boa consciência e diz: “Olha, eu acredito no que a Bíblia diz”.
O demônio, lá no jardim do Éden, disse a Adão: “Adão, não acredites no que Deus diz. Ele disse o que para ti? Para não comeres da árvore? Come do fruto. Não há problema. Vais ser igual a Ele”. E Adão ficou entre Deus e o diabo, entre a verdade e a mentira. E vinha uma voz da consciência, que era pura, que ainda não havia pecado e dizia: “Adão, não tem nada a ver. Tu és Adão, és sangue de Deus. Como é que estás dando ouvidos ao capeta? Tens que vir para cá”. O diabo dizia: “Vou te dar 30 virgens no céu. Tu morres, mas beberás a vontade”. O diabo insistia: “E se Deus está mentindo?” Essa é a luta da boa com a má consciência.
Paulo explica em Romanos 12:2 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Precisamos pensar como a Bíblia pensa.
Se com uma boa consciência admitires finanças prósperas, elas chegarão à tua vida. Se acreditares numa vida física saudável, a saúde estará sobre a tua vida. Se acreditares que a Bíblia diz que vais conquistar riquezas, conquistarás riquezas. Tu não terás medo do futuro, viverás segundo aquilo que Deus diz, serás cabeça e não cauda, estarás por cima e não por baixo, terás para emprestar e não tomarás emprestado. Darás ouvidos à voz da boa consciência, que é de Deus. Eu creio nisso e é isso que dá felicidade, alegria, saúde e prosperidade.
Uma boa consciência para com Deus faz a vida ser, verdadeiramente, uma vida feliz e em paz.
Teu Apóstolo, irmão e amigo, Miguel Ângelo.
Uma resposta
Maravilhoso! Muito bom ver pessoas propagando esses reais valores do Reino. Deus o abençoe cada vez mais, meu irmão.
Um abraço!