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Pode um casamento sobreviver ao adultério, aos abusos e às prisões?

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Abre a tua Bíblia no Salmo 133-1. Dando continuidade à série sobre a família. Naturalmente, que vamos desencadear os nossos pensamentos com assuntos que, para alguns, serão coisas do passado, para outros, é o que estão vivendo neste momento. Como um casamento sobrevive ao adultério, aos abusos e às prisões? Vamos ouvir Deus falar. Salmo 133-1: “Oh, como é bom, como é agradável viverem unidos os irmãos”. É bom, é coisa de Deus, especialmente, os casados, que vivem em unidade, em união. Vamos ouvir o Senhor.

Oremos ao Pai:

Senhor Jesus Cristo, esta manhã é uma manhã da família. Hoje é um dia da família. É domingo. Tu, que tanto pugnaste pela família, tantos valores exortaste às famílias, voltas, neste dia, para falar aos homens e às mulheres de Deus, para falar aos casados, para falar aos que hão de se casar, para falar àqueles que estão entristecidos, porque estão casados, mas, especialmente, para revelares, ó Deus, os caminhos de como é possível um casamento sobreviver a despeito de ter sofrido feridas. Então, Pai, revela-nos com temor e tremor, fala ao coração de Tua igreja, em nome de Jesus Cristo. E todo o povo de Deus diga, amém.

Meus filhinhos amados, minha família, povo do Senhor, universal assembléia dos santos, primogênitos que têm os seus nomes arrolados nos céus, povo que é por cabeça, povo que sabe que contra ele não vale encantamento, povo que foi chamado para ser cabeça e não cauda, povo que foi chamado para usufruir os tesouros de Deus, predestinados desde antes da fundação do mundo, chamados, justificados e glorificados, povo perfeito em Cristo, meus filhinhos na fé.

O objetivo do Espírito Santo, ao trazer à Igreja de Cristo esse assunto do casamento, é porque nós acreditamos que todas as famílias podem ser melhores, mais justas, mais adequadas, dependendo, totalmente, de cada um, ao ouvir o ensinamento da Palavra. Então, a tua família pode ser melhor ou mais amarga, dependendo de como tu reages diante dos ensinamentos.

Tu nunca vais vencer ou mudar a situação na tua família se tu te recusares a confrontares as dificuldades ou os problemas que a tua família enfrenta. Eu sei que alguns homens e algumas senhoras, enquanto eu estiver falando de família, não virão à igreja, porque estão com receio do que Deus possa falar. Não faças isso! Tu deves, se tens dificuldades, reagir e confrontar as situações para que possas ter um casamento melhor e não um casamento amargo.

O primeiro pensamento que eu quero te transmitir é que tu não deves deixar o teu passado controlar o teu futuro. Porque, às vezes, as pessoas dizem: são tantos os problemas que eu enfrento no casamento que não há como solucioná-los. Então, é hora de tu aprenderes e praticares os comportamentos cristãos, para que tu possas viver na Terra, o céu. E como é que se vive o céu, na Terra? Quando se aprende e pratica os aspectos de comportamento que um cristão deve ter. Portanto, não podemos apenas conhecer a Bíblia, é necessário saber que ela possui ensinos que precisam ser praticados, especialmente no que dizem respeito ao nosso comportamento como servos e servas de Deus. Isso é tão importante, e eu, que sou um pregador há quase trinta anos, com vinte seis anos de Ministério, conheço isso na prática. Sei quantas pessoas têm vivido dores imensas nos seus casamentos. Quanta agonia, quanto sofrimento… Por outro lado, outros, que já passaram por tudo isso e, por começarem a viver e praticar os ensinamentos comportamentais, viram o casamento sair da amargura para a bênção. Então, vale a pena mudar.

Quero ajudar, especialmente, aqueles que estão em batalha, crise após crise, anos de lágrimas, com feridas e crateras no coração.Os ensinos da igreja são para gerar esperança, para trazer soluções, especialmente àqueles aspectos negativos do casamento. Quero mostrar que é possível ter um casamento melhor e recuperado. Por causa dos ensinamentos da Palavra, tu terás o esposo ou a esposa que tanto sonhaste.

Onde começam os problemas de um casamento que geram tantos dissabores na vida das famílias?

Noventa e nove por cento das pessoas vão para o casamento com altas expectativas. Elas esperam muito do marido, da esposa, mas se casam com pouquíssima preparação. Isso é contrário ao que a Bíblia ensina. Quero lembrar que, às vezes, as pessoas estão mal preparadas. Quando se casam, dizem: “Pastor, eu conheci um homem assim… Eu conheci uma mulher assim… Somos contrários, mas os pólos contrários se atraem”. Mas essa, caros irmãos, é apenas uma lei da física. No casamento, pólos contrários não se atraem. Podem se atrair no namoro, mas, depois do casamento, eles se repelem.

Ninguém, na obra de Deus, pode imaginar que um casamento de pólos contrários possa dar certo. Por exemplo: Luz e trevas andam juntas? Não! Sabemos, também, que as questões culturais e os costumes raciais podem gerar problemas, por isso, devem ser observados. Por que os judeus não deixam o seu povo casar com pessoas que não sejam judias? Por causa dos costumes raciais. Os orientais não gostam de fazer casamentos com ocidentais, porque há costumes que não são aceitos em outra cultura.

Nós entendemos que é preciso ir para um casamento com grandes expectativas, mas também com grande preparo. Tenho lançado a idéia a nossa igreja, que minha esposa, junto com outros pastores e pastoras, comecem a preparar um perfil que nós entendemos, em termos espirituais, familiares, materiais e culturais, do que é um casamento, e como vamos realizá-los aqui na igreja. Não posso mais concordar que uma pessoa, só porque conheceu um homem ou uma moça, possa vir ao altar, fazer juramento de amor e, um mês depois, já começar a fazer comentários atrás dos panos de que está muito infelizes, de que não imaginava que era assim, de que não pensava que fosse desse jeito… Isso porque não havia um perfil certo para a realização desse casamento.

Vamos criar um curso de noivos na Igreja Cristo Vive. Nesse curso, se os pastores e pastoras, que vão ministrá-lo, chegarem à conclusão de que certo casal não deve casar, não vamos realizar o casamento. Há vários aspectos para identificar isso. Se um rapaz começa a namorar uma menina da igreja e já se sente dono dela, tem crises de ciúme, bate, belisca, não quer falar com o pai, não gosta da mãe, isso já é um desastre antes do casamento. Porque, quando duas pessoas se casam, casam-se duas famílias.

Houve um caso em que o pai não queria dar o braço à filha para entrar na igreja, porque não concordava com o seu casamento. Se o pai está dizendo que não, se a família diz que não, e a moça bate o pé dizendo que sim, devemos analisar a situação.

Para uma pessoa dirigir um carro, precisa ir para uma auto-escola e fazer o psicotécnico. Se for aprovada, vai para as aulas teóricas e passa por um novo teste para ser aprovada ou não. Se aprovada, faz as aulas práticas e, por fim, o exame final. Se for aprovada em tudo, recebe a carteira de habilitação, licença para dirigir. Isso tudo para dirigir um carro. Para ser cabeleireiro, hoje, no Brasil, é preciso ter licença; para ser um construtor, precisa de habilitação; a pessoa não pode construir de qualquer jeito, é preciso uma licença do CREA. Para ser um médico ou advogado a pessoa precisa de preparo e de licença do governo. Agora, para se casar, ou para as pessoas se juntarem, para criarem uma família, para criarem novos seres, não há licenças e não há preparo algum. Qualquer homem pode juntar-se a uma mulher sem permissão de ninguém e gerar novos filhos. Ora, se para eu dirigir um carro preciso de uma licença do governo, do Detran, como que é possível alguém querer casar sem preparo, sem a licença da igreja, de Deus e da família? Aonde vão se gerar novas vidas. A família é uma estrutura muito complexa para que seja tratada de qualquer jeito.

Estamos tratando de qual o perfil evangélico do casamento. Não vamos tratar do perfil mundano, secular, mas do perfil evangélico.

Por que tantas vidas se destroem? Por que tantos sonhos foram por água abaixo? Por que tantas famílias são tão sofridas? Porque muita gente se preparou para dirigir o carro, se preparou para tirar o seu diploma de curso superior, se preparou para o passaporte, mas para casar, poucos se preparam.

Casar não é como aprender a dirigir, porque, muitas vezes, a pessoa tira a carteira de habilitação, mas, depois, comete um montão de erros no trânsito, avança sinal vermelho, anda em excesso de velocidade, fala no celular, infringe o código de trânsito. A pessoa se preparou dois ou três meses para tirar licença, para, depois, errar. Casamento não é curso de direção. É muito mais do que isso. Por isso, há a necessidade de seguirmos as instruções bíblicas, senão os conflitos começam logo a surgir, e alguns deles se tornam insolúveis. E aí, os problemas vão crescendo em progressão geométrica. Pois, as pessoas dizem: “eu tenho tantos problemas!” Mas será que não existe nada de bom na sua vida? Existe isso e aquilo! Dois aspectos positivos e o resto muito negativo.

Então, vamos cuidar daqueles que vão se casar na igreja. Queremos, também, ajudar aqueles que já estão casados, especialmente, aqueles casamentos que já enferrujaram, que já viraram pó, mas as pessoas ainda estão juntas.

Casamento é a arte de duas pessoas diferentes aprenderem a viver compativelmente. Isso é um casamento. Casamento é não permitir a degeneração de relações. As relações começaram ardentes e vão se tornando frias, frias, frias até que congelam.

Como é uma relação no primeiro ano de um casal, que ainda está bem, que ainda está feliz? A moça começou a tossir e a fungar. O marido diz: “docinho, olha bem, estou muito preocupado, tu estás fungando, estás com uma tossinha, vou levá-la ao melhor médico para ver o que o meu benzinho tem, porque essa tossinha tem que ser tratada.” Mas o casamento começa a esfriar, e, no segundo ano, o marido já diz: “querida, eu não gosto dessa tua tosse. Tu tens que procurar um médico no hospital do SUS; toma uma aspirina!” No terceiro ano, o casamento esfria ainda mais, e o marido já diz: “gargareja com sal e vinagre, senão eu não durmo contigo!” No quarto ano, o casamento se tornou tão frio que o homem diz: “Por Deus, pare com essa tosse de cachorro, Tu vais me contagiar com essa tuberculose!” O casamento começa a esfriar ainda mais, quando chega o quinto ano. Quando a mulher tosse, o marido diz: “Poxa, não enche!” Tu percebeste? Saiu do docinho e foi para o não enche! Porque o casamento já esfriou, não tem mais nada. Vamos evitar que os casais saiam do docinho para o não enche! Se tu cuidares do casamento, ele se tornará um oásis, mas, se tu não cuidares do casamento, ele se tornará num deserto do Saara.

Hoje, queremos mostrar que é possível, sim, se recuperar um casamento, quando tu tens o desejo de salvar a tua relação. É possível, à luz da Bíblia, sim.

O primeiro aspecto que eu queria abordar é: Pode um casamento ser salvo quando um adultério foi praticado?

Nota uma coisa: quando falamos de pessoas que não têm temor de Deus, o adultério é um fato corriqueiro, normal para a sociedade; as telenovelas mostram isso. Mas, quando se trata de coisas na obra de Deus, isso tem outro aspecto.

Vamos imaginar uma situação de convulsão dentro de um casamento. Pode um casamento ser salvo quando há adultério de uma das partes? As implicações de quem pratica um adultério fora da obra de Deus, de zero a dez, têm implicação um; mas, na obra de Deus, tem uma implicação dez. Eu li algo, nesse sentido, onde um Pastor descreve uma situação que ocorreu na sua igreja. Diz que havia um casal muito feliz, um homem bem apessoado, abastado financeiramente, e a esposa não tão bem apessoada nos padrões de beleza. Um dia, eles começaram a construir uma casa muito grande, e a esposa desse senhor se apaixonou pelo construtor que estava trabalhando na sua casa. Pior do que isso, ela engravidou, portanto, engravidou de uma relação ilícita. A coisa começou a tomar uma dimensão muito grande e a primeira coisa que ela propôs foi o divórcio, mudar de cidade e levar juntos os outros dois filhos. O casal procurou o Pastor e este perguntou ao casal: “Qual é a decisão que tu, marido, que está enfrentando essa situação, toma?” O Pastor disse: “Existem duas opções para tu seguires, segundo a Bíblia.” Vamos, agora, trazer essas instruções para dentro do nosso ministério.

Biblicamente, quais são os direitos que uma pessoa tem quando uma das partes erra? Existem duas opções. Primeiro, vamos ver o que disse Jesus em Mateus 19:3: “Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?”

Naquela época, na cultura de então, por qualquer motivo que o marido não gostasse, como a mulher não era companheira, mas posse, ele já pedia o divórcio. Então, perguntaram a Jesus:“é lícito, é permitido, por qualquer motivo, a pessoa se separar”?

Hoje em dia é assim: falam de incompatibilidade de gênios. Foi isso que o diabo colocou na vida das pessoas. Nós estamos aqui, na obra do Senhor, para refazer gênios, para modificar personalidades.

Dizem os versículos 4-6: “Então respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” Jesus está dizendo que há casos que foi Deus que ajuntou, mas há casos que não foi Deus que ajuntou. Quando Deus ajunta, o homem não pode separar.

Continua nos versículos 7-8: “Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.”

O projeto de Deus nunca foi o de separação. Quando Deus criou Adão e Eva, não os criou para que, depois, Adão fosse a um tribunal dizer que havia incompatibilidade de gênios, por isso, quero o divórcio. Não foi isso que Deus fez.

Prossegue o versículo 9: “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério”.

Jesus disse: “a não ser por relações sexuais ilícitas.” A primeira opção que eu penso, à luz da Bíblia Sagrada, é quando há o repúdio, porque o repúdio permite a separação. O repúdio implica em relações sexuais ilícitas.

Diz Malaquias 2:16: “Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.”

Então, aqui estão as duas situações que biblicamente permite aquilo que restritamente e com tristeza, às vezes, acontece.

Então, o que é o repúdio? Um homem e uma mulher são oficialmente casados. Uma das partes, conforme o caso que eu ilustrei há pouco, por fora, tem uma relação sexual ilícita. Essa relação está fazendo o que a com o outro cônjuge? Repudiando, e a Bíblia diz que Deus odeia. No repúdio está se constituindo um adultério. Estão se ativando relações sexuais ilícitas. “Jesus disse: a não ser por repúdio”, a não ser quando uma das partes mantém relações sexuais ilícitas. Quando isso acontece, o repudiado é livre para se divorciar e casar novamente.

A outra possibilidade é quando há agressões mútuas. Tu sabes que, quando alguém cobre de violência as suas vestes, Deus odeia.

Um irmão não gostou quando eu disse que, quando eu soubesse de algum caso de marido batendo na esposa, o nosso grupo de advogados iría reclamar juridicamente. Ele ligou, dizendo que estou errado, porque a Bíblia diz que irmão não deve levar irmão a tribunal. É verdade. É proibido. Só que quem bate na esposa não é irmão. Ele disse: “A única coisa que eu fiz foi pegar uma perna de três e bater na minha mulher.” Perna de três é aquele barrote para fazer obra. “A única coisa que eu fiz foi pegar na perna de três e dar-lhe nas costas; peguei um taco de baseball e dei-lhe no nariz, só por isso, já vai me levar à delegacia?” Claro! Tu não és irmão! Ou vice-versa. Nós tivemos na igreja, no passado, homens que apanharam das mulheres, das esposas. Chegavam aqui com o olho roxo. “Ela me bateu, o que vou fazer?”

Um homem que tem a ousadia de bater na esposa não é irmão, é ímpio, e ímpio deve ser levado à delegacia. Quem tem o direito de pegar um pedaço de madeira e dar nas costas da esposa?

Mas há uma outra opção, que é a que vamos entender agora, nesta parte da mensagem, que é a opção que deve ser experimentada primeiro: perdoar. Uma pessoa cujo cônjuge praticou adultério, e pede perdão total, e se a pessoa traída entende que deve salvar o casamento, essa é a opção melhor. Agora, há casos em que o repudiado tenta muitas vezes a reconciliação e o perdão, mas o repudiador diz não, pois já constitui família, encontrou a mulher da sua vida, encontrou o homem da sua vida… Então, essa pessoa está livre.

A nossa opção, é que, se um homem ou uma mulher confessa, pede perdão e a parte repudiada perdoa, é possível voltar e ter um casamento bom. Com o casal dessa ilustração, diz o Pastor, o marido, apesar da gravidez, apesar de tudo, pela graça de Deus, pelas misericórdias do Senhor, amava a esposa, adotou a criança como se fosse dele e a aceitou de volta. E a mulher acordou do desastre que cometeu e reconheceu que o marido era o verdadeiro homem da sua vida. Voltaram. Hoje, já são avós, estão felizes e nunca mais se levantou esse assunto em casa. Morreu! Isto se chama cristianismo: perdão total e nunca mais voltar a falar do assunto.

Há casos em que o repudiado diz: “não vai embora, volta, eu perdôo.” E o repudiador diz: “eu não te quero mais! Acabou! Fique com tua igreja, com os teus Pastores.” Mas, eu acredito, amado, que, se as duas partes chegarem a um acordo de forma bíblica e cristã, há que se entender que o perdão faz parte da obra de Deus. A Graça e a Soberania de Deus são capazes de dar essa capacidade aos filhos de Deus.

Quando o casal está na igreja, e há uma situação equivocada, antes de se fazer a primeira opção, que seria bíblico, eu creio que é muito importante lembrar o que diz Mateus 17:20, se querem salvar a relação: “Nada vos será impossível.”

É possível salvar um casamento que passa por uma situação dessas? Sim. Quando o casal está disposto a seguir as normas bíblicas. Mas, se uma das partes fica renitente e diz, não, a outra parte está livre para recomeçar a sua vida, casar-se novamente. É muito importante a igreja estar atenta a esses detalhes. No nosso Ministério, por incompatibilidade de gênios, não aceitamos separação de ninguém.

O divórcio é restrito e triste. Quando uma parte diz: “não quero mais”, isso é muito triste e doloroso. A luta do nosso Ministério é para manter os casamentos saudáveis, as famílias felizes, saírem da vida enferrujada para uma vida feliz.

Então, pode uma família, que passa pelo adultério, restaurar seu casamento? Pode! É possível! Temos muitos casos conhecidos.

Nota uma coisa: Primeiro ponto: duas pessoas, uma delas repudia a outra e mantém uma vida sexual com um terceiro. A repudiada está livre, a repudiadora está em adultério. A repudiada pode voltar a casar e ter paz, tem todo o apoio bíblico. Mas a repudiadora, com quem casar, uma ou outra, estará sempre praticando adultério. Tu sabes que uma vida em adultério é uma vida de desgraça. É bom que pensemos que o comportamento bíblico exige total comprometimento e fidelidade de ambas as partes. Aliás, é o que o homem e a mulher de Deus esperam um do outro.

Segundo ponto: Pode um casamento ser salvo de abusos físicos? Há pessoas que abusam, há casais que se habituaram, por falta de respeito, a conviver com brigas por qualquer motivo. De uma pequena discussão passam a uma altercação e, finalmente, vem a agressão. Eu queria dizer mais uma vez que agressões são bizarras e anti-bíblicas; é o caos. É possível a um casal que se habituou a isso sair e restaurar o seu casamento? É! Eu já participei pessoalmente de algumas situações em que casais chegaram ao meu gabinete com uma situação devastadora. O marido diz: “ela costuma me bater!” Ela diz: “ele também me bate!” Nós já tivemos dois ou três casais que, dentro do meu gabinete, trocaram acusações mútuas, e, às tantas, se altercaram e se agrediram na minha frente. Eu, sentado na minha cadeira, olhando, e o casal se digladiando! Ora, disse-lhes eu: tu não és crente? Não são salvos? Mas parece que estão com o pé dentro no lago de enxofre, a porta do inferno está aberta para ti. Porque em casa se batem, pensam que podem dentro do gabinete do anjo da igreja darem chapada um no outro? Para mostrarem o quê? Que são lutadores de luta livre? Quando uma pessoa chega às raias da agressão, do abuso, para mim, não é salva. Eu acredito numa mudança de comportamento quando a pessoa é cristã.

O que deve ser feito numa hora dessas? Eu sentei o casal. Tinham as bochechas vermelhas, as mãos inflamadas, e perguntei ao marido: “o que tu não gostas no teu casamento?” E ele relatou o que não gostava. A mesma pergunta fiz à esposa, e ela também relatou o que a desgostava. Eles jogaram para fora o que lhes desagradava. Eles precisavam de um ajuste. Hoje, estão no nosso Ministério, felizes.

O nosso novo nascimento em Cristo nos proporciona uma nova identidade. Paulo disse emGálatas 2:20: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.

Se Cristo vive em nós, temos uma nova identidade. Tu já viste Cristo bater na Sua noiva, que é a Igreja? Não! Tu viste Cristo com altercações, com empurrões para a Igreja? Não! Tu viste Cristo insultar a Igreja? Não! Cristo não agride a Igreja.

Paulo escreve, dizendo aos Colossenses 1:27: “aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;”.

O plano de Deus é fazer com que o seu povo conheça este maravilhoso e glorioso segredo que Ele tem para revelar a todos os povos. E o segredo é este: Cristo está em ti, o que te dá a firme esperança de que tu tomarás parte na Sua glória. Cristo em nós é a esperança!

Há aspectos que são trabalhados pelo Espírito Santo para que o casal, que casou fora da Igreja e se converteu, passe a praticar os ensinos bíblicos. A nossa nova identidade em Cristo nos traz essa possibilidade.

Se Cristo está em nós, está no marido e na esposa, logo Ele não quer o mal a outra parte.

Vê Romanos 6:6-7, 11 e 13: “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, (aquele velho homem agressivo, metido; aquela mulher agressiva foi crucificada)para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; (Então, se o nosso velho homem já foi crucificado, isso se chama a nova identidade em Cristo) porquanto quem morreu está justificado do pecado.” (Nós já morremos para essas atitudes da carne) “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” “nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.”

Não podemos oferecer a nossa vida como instrumento de iniqüidade. O marido que abusa de sua mulher, ou a mulher que abusa de seu marido, que bate, é um instrumento de iniqüidade. O que eu estou falando é bíblico. Nós, evangélicos, cristãos, renascidos de uma semente incorruptível, devemos ter uma conduta de acordo com a Bíblia Sagrada. Por quê? Porque casa dividida não fica em pé. Foi Jesus quem disse isso. Mateus 12:25: “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.”

Qual a função da Igreja de Cristo? Estou te mostrando as posições bíblicas. Estou mostrando que, depois de haver abusos, é possível restaurar, quando o casal tem pleno conhecimento da sua nova identidade. Se tu és justo, se tua esposa é justa, se ambos têm uma nova identidade, em Cristo, por que precisam viver em altercações? Ou são novas criaturas e a vida velha passou, ou não são. A Igreja encaminha e direciona os casais nessa área. Pois casa dividida não subsiste.

O indivíduo pode ir à Igreja, pode orar, mas não subsiste. Temos uma nova identidade. Tudo o que atormentou a vida de um casal, tudo o que tentou fazer com que o casal não subsista, foi o inimigo da alma querendo o velho homem de volta.

É possível alguém se libertar de decepções, de crises, de um casamento cheio de abusos? Claro! Cristo em nós é a esperança da glória! Ele é a esperança de sermos vitoriosos, diante de todas as dificuldades da vida. Mas, se os casais não se perdoarem as falhas e as faltas, já começam a infringir as leis de Deus. A Bíblia diz que nós devemos perdoar. Deus estabeleceu leis para nós, como maridos e esposas, que são para o nosso bem. Quando se viola uma dessas leis, tudo dá errado. Quando Deus diz: “Homem, ama a esposa!” Isso é para o nosso bem. “Ama como Cristo amou a Igreja!” É para o nosso bem! “Mulheres, sede submissas.” Submissão não é uma imposição, não é um escravagismo, é alguém que ama e, livremente, diz: “Eu aceito viver contigo. Tu és o meu cabeça, eu sou o teu pescoço.” Muitos casamentos, antes de chegarem ao nosso Ministério, viviam com muitos abusos físicos, mas graças a Deus, o Senhor, pelo ensino da Palavra, começou a trabalhar o coração, a mente, as atitudes do marido, começou a trabalhar as questões da esposa e, hoje, são muito felizes. Chegaram aqui aos trancos e barrancos e, hoje, são felizes. Deus faz isso. Então, é possível, sim, restaurar um casamento.

Ninguém vai à Igreja, pensando: “Vamos glorificar o Senhor, pedindo apoio aos erros.” Esse não é o nosso apostolado. Nota algo que vou dizer: Quem pratica adultério e casa com outra pessoa, o adultério está atrás. É bom a pessoa refletir. O que é preciso ser feito? Se alguém te serviu durante um tempo, o é preciso mudar? O que o cristianismo nos ensina em termos de comportamento? O que é benevolência? O que é bondade? O que é misericórdia? O que é domínio próprio? Paciência? São frutos do espírito. Então, Deus ativa esses frutos na nossa vida. Isso é cristianismo.

Terceiro ponto: Pode um casamento sobreviver com prisões emocionais, prisões físicas, pressões, por causa de temperamentos agressivos, depressivos, que faz um marido ou uma mulher viver debaixo de condenação?

Para ter um lar e uma família, devemos aprender a construir, no nosso lar e na nossa família, um refúgio, um céu, um lugar seguro, um lugar envolvido e governado pelo amor de Deus. Um lugar no qual tu podes colocar na porta de tua casa: aqui Cristo é o Senhor! Só existem prisões onde há competição entre o casal. Então, não pode haver competição entre o casal, é preciso haver ordem. Lar é onde as pressões são aliviadas. Isso é vital. A vida já é muito dura, é muito difícil tu encarares um emprego, um ônibus, um tiroteio, e isso e aquilo, numa sociedade tão esboroada. É preciso, na hora de voltar para casa, encontrar refúgio, o céu, o lugar seguro, que é envolvido e governado pelo Espírito e pelo amor de Deus. É isso que estás aprendendo.

Lê Mateus 22:37-39: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

Ele explicou como se supera um casamento onde já houve prisões. Nós vamos falar no devido tempo de cada assunto desses que aprisionam as pessoas. Agora, existe uma prisão chamada ciúme. Há pessoas que, por causa do ciúme, fazem cada coisa! Ciúme é feitiçaria, é coisa do demônio, é coisa do capeta, da pomba-gira, dos sete catacumbas, do Zé pelintra. O ciúme destrói as pessoas. Há pessoas que dão dentadas, unhadas, arrancam pedaços, arrancam os dentes, os olhos, porque o outro olhou. As pessoas se digladiam por causa do ciúme; estão se aprisionando um ao outro por causa do ciúme. E o demônio só se deleitando com isso. No carro se comportam às cotoveladas para cá, e tapas para lá, por causa do ciúme. A pessoa ciumenta começa a fazer as ligações para descobrir para quem o marido ou esposa ligou, ameaçando, ofendendo quem está do outro lado. Isso é uma prisão, faz mal, dá enfarto do miocárdio, aumenta o colesterol, os triglicerídeos vão lá para cima, a glicose dispara para 980, a pele se arrepia toda, os dentes caem, os ossos enfraquecem, o cabelo desaparece, o hálito fica pesado. Quantas cartas eu recebo, dizendo: “Apóstolo, eu prefiro morrer a continuar vivendo nessa prisão.”

Deus queira que os lares da Cristo Vive sejam lugares seguros, onde a ordem prevaleça, onde as pressões do dia são aliviadas, onde a esposa está batalhando em casa, o marido chega do trabalho, depois do ônibus, da pistola na cabeça, da chuva, do trânsito, do chefe mau, de um monte de gente querendo tirar-lhe o emprego, e encontra um lar que lhe alivie as tensões. Mas, se ao chegar, recebe um interrogatório:

– Agora que tu chegaste?

– O ônibus atrasou 15 minutos.

– Atrasou nada. Tu estavas com ela.

– Ela quem?

– Não importa quem é. Estavas ou não estavas? Jura?

Depois de pegar uma faca, diz:

– Eu vou te matar! Te corto por cima e por baixo. Arranco-te as orelhas. O marido diz:

– Eu vou para casa às 3 da manhã ou não volto mais.

Quando uma esposa recebe o seu marido de acordo com aquilo que a Bíblia diz, conforme vemos em Mateus 22-37-39: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

O próximo mais próximo de um marido é sua esposa e vice-versa. Nós, que temos um relacionamento pessoal com Deus, que somos filhos amados, preciosos, que somos a noiva imaculada de Cristo, que somos membros da família de Deus, devemos desempenhar o papel que nos foi dado por Deus. Somos membros de uma Igreja, somos membros do Corpo de Cristo, somos testemunhas para o mundo, somos instrumentos de Deus para os feridos, para os rejeitados, para os oprimidos deste mundo.

Fui eu quem escolhi tornar-me marido de uma esposa. Fui eu quem desejei ter com minha esposa um relacionamento matrimonial; fomos nós que decidimos ter filhos. E agora? Onde fica isso tudo? Nós morremos para o pecado, vamos trabalhar as áreas da nossa vida. O Espírito Santo vai nos colocar de acordo com a vontade de Deus. Fomos chamados para amar aqueles que Deus nos deu. Deus nos deu um marido, uma esposa, filhos, uma família. Nós temos um chamado para amar. O nosso casamento deve ser digno de honra.

Diz Hebreus 13:4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio.”

Entre tudo na vida que deve ter honra, o matrimônio precisa estar em primeiro lugar. A vida conjugal é um leito sem mácula. Deus julga aqui na terra os adúlteros e os impuros.

Eu creio que o Espírito está dizendo à Igreja, a cada casal: o teu casamento é digno de honra, o teu leito, com a tua esposa, é um leito imaculado. Mas, um leito com parceiros extramatrimoniais é um leito de morte. “Ah, mas o senhor não sabe quem é meu marido!” Eu não preciso saber. O Espírito sabe. “O senhor não sabe quem é minha esposa!” Deus sabe. E Deus diz: o casamento seja honrado.

Acredito que, depois da salvação, o casamento é o relacionamento prioritário em nossa vida. É como Cristo e a igreja. É como o amor de Deus com a igreja.

Para terminar, eu te digo: amado, não és tu quem vais mudar o teu marido/esposa. A mulher pensa, muitas vezes, que vai mudar o marido, e o marido pensa: “a minha mulher nunca vai mudar.” Mas, para Deus não há impossíveis. Pode Ele recuperar um casamento, onde houve um adultério? Pode. Pode um casamento ser recuperado quando houve abusos? Pode. Pode um casamento ser recuperado onde houve prisões? Pode. Por quê? Porque Lucas 1:37 diz:“Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.”

A relação pode estar enferrujada, pode ser pó, mas, quando se quer, a nível espiritual salvar uma relação, sempre se salva.

Eu queria terminar, dizendo: minha amada, meu amado, se para Deus não há impossíveis, tu que já és casado e estás tudo bem contigo, graças a Deus; continua orando pelo teu casamento. Tu, que és casado e o teu casamento não anda bem, está aos trancos e barrancos, enferrujado, um dia bem, outro dia mal, para Deus não há impossíveis. Ele pode sobreviver e sair dessa situação, hoje, agora.

Tu, que queres te casar e dizes: “Meu Deus, tenho visto tantos exemplos equivocados, o que tenho que fazer?” Altas expectativas, alto preparo. A Igreja te fornece o subsídio, ao ensinar a Palavra de Deus, como um homem e uma mulher devem se comportar para serem, realmente, a imagem de Deus, a semelhança de Deus e a luz e o sal da Terra.

Vamos orar a Deus:

“Pai bendito e amado, para o Senhor não há impossíveis. Eu sei, meu Deus, que alguns homens têm evitado vir à Igreja para não se comprometerem perante a Palavra, para não assumirem mudanças perante a Palavra. Mas, meu Deus, a Palavra não tem limites. Ela vai, corre, vai pelo ar e chega onde Tu queres que ela chegue, Pai. Nesta hora, meu Pai, eu oro por todas as famílias da Igreja, mas oro, em especial, por aqueles que passam por esses problemas apresentados aqui esta manhã; aqueles a que assistem pela televisão, ouvem rádio, assistem pela Internet e que estão lutando em agonia, tentando salvar o casamento e ouviram, agora, as instruções do Espírito Santo. Portanto, Pai, Tu que és o solucionador dos casos impossíveis. Mostra à Tua Igreja que, quando Tu estás presente, não há impossíveis. Os impossíveis dos homens se tornam possíveis para Deus. Portanto, Pai, abençoamos todas as relações nesta Igreja, abençoamos todos os casais, todas as famílias, em nome de Jesus. Todo o povo de Deus diga amém, amém e amém.”

 

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